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Something for Thee Hotties

2021 •

1501 CERTIFIED / 300

7.2
Na sua nova mixtape, Megan Thee Stallion demonstra o porquê de ser uma das artistas mais promissoras do rap feminino.
Megan Thee Stallion - Something for Thee Hotties

Something for Thee Hotties

2021 •

1501 CERTIFIED / 300

7.2
Na sua nova mixtape, Megan Thee Stallion demonstra o porquê de ser uma das artistas mais promissoras do rap feminino.
09/11/2021

Megan Thee Stallion anda numa onda sucessiva de conquistas, tendo ganho vários prêmios no ano passado, como o prestigiado melhor novo artista na 63ª edição dos Grammys. A rapper demonstra que existe uma certa expectativa para o seu futuro artístico. Após o lançamento do bem-sucedido Good News, a artista lança o Something for Thee Hotties, uma coleção de freestyles e cortes inéditos dos seus cofres, dando, assim, algo aos seus fãs para antecipar até o lançamento oficial do seu segundo álbum de estúdio, expectável para o próximo ano.

Em agosto, a cantora lançou duas músicas para esse projeto, uma das quais apresentava novas rimas ao longo de uma batida antiga, “Outta Town Freestyle”. E a segunda intitulada “Tuned in Freestyle”, que encantou os fãs da cantora por todas as redes sociais e, posteriormente, seria a música de abertura do Something For The Hotties. Uma das maiores e mais únicas versatilidades da artista é o freestyle, um subgênero da música rap que se caracteriza principalmente por letras improvisadas, expressando o que o rapper sente sobre determinado assunto, mas mantendo um flow certo. Este estilo livre combina perfeitamente com as qualidades da rapper, como criatividade e capacidade rítmica. A cada canção que passa somos eletrizados pela energia da artista, encontrando vários lados da cantora, como o mais sensual na ousada “Kitty Kat” e a sua face mais confiante em “Southside Forever Freestyle”, abordando temas como positividade sexual e autoestima.

Dada a sua essência mixtape, o álbum acaba por não ser muito coeso. A sua estrutura é confusa e é preenchida por skits desnecessárias, por exemplo, “Trippy Skit”, que é basicamente o rapper Juicy J a disparar linhas sem sentido com efeitos de voz desinteressantes. Se esses erros não existissem, o projeto conseguiria ser ainda mais grandioso, já que o material apresentado aqui é extremamente cativante. Nota-se que a artista teve mais liberdade criativa para explorar todos os seus talentos ao contrário do seu antecessor Good News, em que a cantora recorreu a tendências atuais, que não complementam a sua personalidade, como pop em “Don’t Rock Me To Sleep” e música latina em “Intercourse”.

Uma característica que o álbum também acerta muito é a sua produção, sendo ela bem construída, rica e robusta. Uma amostra disso é “Thot Shit”, uma faixa previamente lançada por Megan. A canção contém uma instrumentação agressiva, poderosa e frenética, que combina impecavelmente com o flow da rapper. Nestes momentos podemos perceber que Something For The Hotties é um ponto de partida inspirador para o próximo álbum, já que é nele que é possível perceber o apelo e atração do público à cantora.

Superficialmente, o Something For Thee Hotties é pouco mais do que um depósito de dados e uma desculpa para anexar estilos livres extremamente populares. Todavia seu tom é muito leve e solto, e os raps de Megan são muito polidos e ferozes para essa crítica segurar. Sem limite para a celebridade à vista, ela está lembrando ao mundo que raps de tirar o fôlego são sua base.

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O segundo álbum de estúdio de Megan Thee Stallion carece de brilho e criatividade, não aproveitando tudo que uma sessão de terapia poderia ser.
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