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Foto concedida pela assessoria

Entrevista: DJ RaMeMes

O curto, mas revelado papo com DJ RaMeMes.
POR Matheus José
fevereiro 23, 2023

Lançado no dia 08 de fevereiro, Noitada, o quinto álbum de estúdio de Pabllo Vittar surgiu como um ponto de ruptura na música pop embalada pelos ritmos eletrônicos do funk. Com um time de peso, o material se arrisca em uma produção revoltante e puramente de vanguarda — nada assim havia sido feito no cenário brasileiro até então. Um dos nomes envolvidos neste trabalho, é o de DJ RaMeMes, conhecido também como O DESTRUIDOR DO FUNK.

RaMeMes é um jovem produtor natural do Rio de Janeiro, em seus lançamentos, como a singular TRILOGIA DO SEXO, o artista emprega as suas raízes do funk com dezenas de camadas e elementos únicos. Recentemente, tivemos a oportunidade de bater um papo curto, mas puramente revelado com ele. Acompanhe os melhores momentos:

Foto concedida pela assessoria

1. Você acha que o funk, embora suas diferentes vertentes e características, pode ser visto como música experimental? Nós brasileiros estamos tão familiarizados que dificilmente vemos isso, sabe?

R: Sim, a sorte da gente é que a gente gosta de música experimental e nem sabe.

2. Você tem um jeito muito único de trabalhar com o funk, seja por acrescentar identidade e trazer beats fora da curva, ou por se divertir enquanto genuinamente cria algo incrível. De onde você tira tanto repertório assim?

R: Às vezes nem eu sei o que estou fazendo, eu só penso em algo e tento reproduzir. Acho que é por conta da minha grande base de referência sobre tudo e odiar quase nada, então eu gosto de misturar tudo que me vem em mente.

3. Quais são as suas maiores referências artísticas?

 R: Eu e meus amigos como, Ramom do Gustão, DJ Pretinho, Chediak, mu540, e vários outros amigos, mas são muitos! E de gringo apenas o Skrillex, mas escuto muita coisa. 

Foto concedida pela assessoria

4. Com diversas frentes, artistas e vertentes ganhando espaço no Brasil e até mesmo no mundo — como o recente sucesso de “Tubarão Te Amo” —, o que você pensa sobre o cenário atual do funk?

R: Acho que o funk não para de evoluir, nunca para num só beat, por exemplo. Nunca para só numa estrutura, sempre se modifica e se molda com o tempo.

5. O que você acha dos artistas gringos usarem o funk em suas músicas, como Rosália fez em “La Kilie” (sample de “Ah Lelek Lek Lek Lek”)?

R: Acho maneiro  levar o funk a outros lugares que ninguém sonhava, mas eles têm que mostrar que usaram coisas do Brasil, pra mostrar como o Brasil é importante no mundo da música.

6. Falando sobre a sua participação no Noitada, antes de adentrar nesse projeto, você já conhecia ou ouvia as músicas da Pabllo Vittar?

R: Sim gosto muito, quem faz as produções são pessoas que admiro e amigos meus, e gosto muito dos forrós dela. 

Foto concedida pela assessoria

7. A Pabllo Vittar tem o costume de ditar tendências no cenário musical nacional, como provam os discos Não Para Não e Batidão Tropical, você espera que o seu trabalho vire, de certa forma, uma tendência partindo do princípio que foi aclamado pelos ouvintes e fãs?

R: Sim, acho que a galera gosta de coisas novas.

8. Existe algum artista com que você gostaria muito de trabalhar no futuro?

R: Tem um artista que era meu sonho de produzir, mas que ele infelizmente já morreu que é o MC Vuk Vuk. Eu sempre tento reviver ele botando as vozes dele nas minhas músicas, mas  tem muita gente que eu gostaria de trabalhar, só que se eu botasse todos os nomes eu ia ficar até amanhã escrevendo!

Colaboradores: Brinatti, Davi Bittencourt, Kaue Santana e Lucas Lima.

Leia nossa crítica de Pabllo Vittar: Noitada

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