SOUNDX

“You Lose!”

40

O terceiro single do álbum de estreia da dupla Magdalena Bay é uma ótima canção pop. Sem rodeios ou conceito superdesenvolvido, “You Lose!” é simples na composição, mas ainda agradável e interessante. A forma com que o grupo alinha a instrumentação eletrônica evidentemente contribui para a força incontestável dos refrões: “You aim, you attack, you lose”. “You Lose!” se propõe a ser uma melhor alternativa aos fãs da música pop. — Kaique Veloso

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“Like I Used To”

39

“Like I Used To” é o resultado da genial colaboração de dois dos mais importantes nomes do indie rock de hoje. A melodia cativante e a sublimidade das vozes cruas e poderosas das artistas, harmonizando de uma forma etérea, crescem em intensidade ao longo dos refrões, antes de climaxarem numa monumental instrumentação produzida por John Congleton creditado na maior parte dos projetos de Angel. No final da música, o ouvinte fica com a ideia de que Olsen e Van Etten criaram algo tão legendário que parece sempre ter existido. A familiaridade e nostalgia que um lançamento recente provoca de imediato facilmente lhe dá o estatuto de um verdadeiro clássico do rock — e o tempo certamente o provará como tal. — Simão Chambel

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“How Can I Make It OK?”

38

“How Can I Make It Ok”, é calma e graciosa, uma das melhores canções de Wolf Alice. Ela traz um instrumental composto por guitarras deslumbrantes e sintetizadores suaves, que junto à bela e emotiva composição e aos vocais adoráveis e doces de Ellie Rowsell, vocalista da banda, tornam a faixa agradável e encantadora. — Davi Bittencourt

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“Famous Last Words”

37

James Blake abre “Famous Last Words” com os seguintes versos: “And I can’t believe I’m still talkin’ about you, that feeling / I should have lost it, I should have lost it by now / I can’t believe I’m still holding out and seeing signs / I’ve truly lost it, I’ve truly lost it this time”. O artista foi ferido por seu outro significativo, mas continua o relacionamento totalmente ciente de que tudo o que foi feito a ele é ruim o suficiente para que ele pare de falar com essa pessoa. Esses sentimentos são transmitidos na atmosfera da música, que é extremamente intoxicante, quer em níveis de produção, melodia quer vocais. O cantor demonstra que um dos seus pontos mais fortes é a sua honestidade e vulnerabilidade emocional, o modo como ele consegue tirar vantagem das suas vivências para transformar em arte é, certa forma, admirável e uma amostra do seu vasto talento. — Gerson Monteiro

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“The Other Black Dog”

36

Frenético e feroz, o single de Genesis Owusu carrega uma melodia ágil e indomável, na qual o artista reflete sobre as suas próprias experiências com a depressão, simbolizada pelo black dog. Os versos são afiados e frios, retratando uma quase autodestruição à qual o artista se rende a partir de uma fachada que constrói — “Do your dance right, pop a Xan right / Fake romance right, live the trance right / Smoke a plant right, miss a chance right”. O ritmo acelerado da batida gera quase um transe que imerge o ouvinte, espelhando a maneira como o artista lida com a sua realidade, intensificado por um ciclo de sintetizadores ligeiramente distorcidos que se repete incansavelmente. Um dos melhores exemplos do que Smiling with No Teeth tem para dar, “The Other Black Dog” é uma montra para o cativante estilo de Kofi Owusu-Ansah. — Simão Chambel

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“I Am Not A Woman, I’m A God”

35

“I Am Not A Woman, I’m A God” é uma das melhores canções já feitas por Halsey, visto que mostra um nível de qualidade nunca alcançado por ela antes. A letra é algo de grande destaque aqui, utilizando dos temas abordados dentro de seu disco If I Can’t Have Love, I Want Power, como maternidade e feminismo, de maneira a elaborar uma de suas composições mais profundas.  Além disso, a produção, igual a de maior parte do álbum na qual a música está contida, é bem diferente e mais complexa que outros singles de Ashley, pela presença de excelentes produtores que fazem um trabalho fenomenal ao produzi-la. — Davi Bittencourt

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“drivers license”

34

Olivia Rodrigo tornou-se uma sensação da noite para o dia, logo no início do ano, após “drivers license”, uma música que captura perfeitamente a sua artisticidade e ao mesmo tempo apresenta uma amostra das suas influências musicais, tais como Lorde e Taylor Swift. A canção mostra um equilíbrio brilhante de honestidade emocional e especificidade graciosa nos pormenores. A música aborda o fim de um relacionamento jovem e como tirar a licença de condução foi a última coisa que Rodrigo fez prometido ao seu ex-parceiro, ao longo das linhas “I got my driver’s license last week / Just like we always talked about / ‘Cause you were so excited for me / To finally drive up to your house”, mas que infelizmente acabou em tragédia, como é possível observar nos versos a seguir “But today, I drove through the suburbs / Crying ’cause you weren’t around”. 

Este tipo de vulnerabilidade na escrita, em adição à sua capacidade vocal à tão tenra idade, faz com que Olivia se torne uma das maiores apostas para a indústria musical dos últimos anos, efetivando SOUR como apenas o início de coisas ainda mais brilhantes. — Gerson Monteiro

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“Venus Fly Trap”

33

“Venus Fly Trap” é uma celebração da singularidade, confiança e alegria que vêm de ser verdadeiramente livre. Nela, a artista também reflete sobre o seu próprio caminho para a autoconfiança, com versos que abordam eras passadas como Electra Heart e The Family Jewels, citando: “I never quite fit in to that Hollywood thing / I didn’t play that game for the money or the fame”, reforçando que a cantora deseja que sua carreira seja outra coisa que não dinheiro, pois ela cria arte porque esses atos são mais satisfatórios do que qualquer fama resultante. “Venus Fly Trap” traz uma mudança de sonoridade em relação ao último álbum, Love+Fear, entregando novamente a personalidade excêntrica da celebridade e as suas estruturas incomuns, encapsulando todas as qualidades que fazem de MARINA uma das artistas mais diferentes e únicas do mundo indie atual. — Gerson Monteiro

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“Narrator”

32

Em 2021, pudemos ver na cena underground uma certa quantidade de artistas que conseguiram se destacar no uso do post-punk em seus trabalhos, sendo a banda Squid um dos grandes destaques nisso. Bright Green Field é um dos discos de maior qualidade pertencente ao subgênero nos últimos tempos, no qual está contido “Narrator”, que figura entre as melhores canções do ano. Com riffs de guitarra hipnotizantes e uma produção que, ao longo da música, fica cada vez mais surpreendente e complexa, fazendo com que, no decorrer de seus aproximadamente 8 minutos e meio, a faixa nos leve a uma viagem psicodélica e insana. Escutá-la é uma experiência inesquecível. — Davi Bittencourt

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“Jail”

31

Desde o polêmico evento na Mercedes-Benz Arena, em Atlanta, mais de um mês antes do lançamento de DONDA, “Jail” já era um dos momentos mais falados e aguardados do ainda-a-ser-editado álbum. A colaboração com Jay Z fez ecoar referências e alusões a Watch the Throne, o álbum colaborativo dos artistas que conta agora com 10 anos desde o seu lançamento. A música soa a um desabafo triunfante, logo desde o som eletrizante e repetitivo de um acorde que insiste, incansável, durante o decorrer de toda a música. Os versos de JAY Z são honestos e introspectivos, enquanto no refrão a voz de Kanye forma um coro que repete “Guess who’s going to jail tonight?”. A faixa prova a pertinência dos esforços de Hova e Yeezus, que deixam em aberto a possibilidade de um regresso a um novo projeto colaborativo. — Simão Chambel

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