
5 Melhores Clipes de Outubro de 2021
Para além de grandes lançamentos no mundo da música, o mês de outubro também se destacou por vários videoclipes merecedores de uma menção. Estes são os 5 mais memoráveis lançamentos do mês.
Enquanto a música conta com a colaboração inesperada, e infeliz, entre as duas artistas vindas de lugares opostos no espetro musical, o videoclipe que a acompanha felizmente conta apenas com a participação de Arca, que expressivamente dança ao som vibrante da faixa, enquanto um jogo de luzes e sombras acompanha o ritmo apressado das batidas. Carregando consigo acessórios que remetem ao mundo do KICK ii, Arca não desperdiça a oportunidade de consolidar a estética visual que os seus trabalhos carregam no seu cerne. — Simão Chambel
Direção: KinkiFactory
Retirada do seu novo álbum, Temporary Highs in the Violets Skies, Neon Peach conta com a produção e colaboração de Tyler, the Creator. A estética do clipe não esconde as inspirações que retira dos vídeos do artista, com o recurso a ângulos e lentes pouco convencionais, um guarda-roupas retro e uma estética colorida e vibrante dos anos 80 transportada para os dias de hoje. Na realidade, o videoclipe realmente parece retirado de Flower Boy ou do mais recente Call Me if You Get Lost, mas não é por isso que o trabalho de I.P.W. não continua merecedor de elogios relativos à sua criatividade e técnica. – Simão Chambel
Direção: I.P.W.
Alternando entre clipes digitais e VHS, a britânica Shygirl aparece entre projeções, refrações e reflexos, performando o vibrante Cleo em cenários que parecem retirados de um sonho. Entre efeitos de luzes e espelhos, a artista apresenta-se o mais confiante até à data e mostra-se como uma verdadeira Cleópatra da modernidade, à qual a música pretende fazer referência. Com uma cinematografia e imagem dignas de aclamação, Shygirl dá a ver um dos melhores dos seus produtos. – Simão Chambel
Direção: Trinity Ellis
No quarto clipe do aclamado Sometimes I Might Be Introvert, Little Simz traduz visualmente o principal tema da faixa – o afastamento entre a artista e o seu pai. Sentados em lados opostos de uma mesa que se alonga, os protagonistas veem a distância entre si aumentar, enquanto a superfície que os separa se replete de papéis que representam tudo o que ficou por dizer numa relação onde não há comunicação. O ressentimento e os remorsos dos personagens são primorosamente apanhados por close-ups e uma iluminação que enfatiza as expressões faciais, criando uma intimidade intensificada pela palete de cores quentes. – Simão Chambel
Direção: Jeremy Ngatho Cole
O single surpresa de Mitski é acompanhado de um clipe merecedor de igual consideração. Explorando os efeitos da pressão da indústria musical na saúde mental da artista, Working for the Knife é complementada com um clipe que retrata a presença frágil de Mitski na imensidão de um auditório vazio. Sob a luz da ribalta e entre monumentais paredes de cimento, a artista leva a cabo uma performance exagerada que a acaba por levar à exaustão – uma representação extraordinariamente literal para a metáfora comportada pela faca. Com uma conjugação entre uma música e um clipe genais, o pontapé de saída para o novo álbum de Mitski dificilmente seria mais memorável. – Simão Chambellma pelo que realmente importa”.
Direção: Zia Anger